Ícone do futebol feminino, Marta recentemente compartilhou suas reflexões sobre seu futuro no esporte. Aos 38 anos, após uma carreira repleta de sucesso, a craque brasileira sente-se em excelente forma e já delineou seus próximos passos. Embora a Copa do Mundo de 2027 não seja um objetivo imediato, ela permanece disposta a contribuir com a seleção nacional.
Vivendo um momento especial após conquistar seu primeiro título nos Estados Unidos com o Orlando Pride na NWSL, Marta reflete sobre sua satisfação pessoal com a resposta de seu corpo aos desafios do esporte, mesmo em uma fase avançada de sua trajetória esportiva. Esse cenário inspira-a a seguir jogando por pelo menos mais dois anos.
"A mente está boa, o corpo está respondendo super bem, então precisamos trabalhar esse aspecto. Acredito firmemente que vivi a maior parte da minha carreira sempre focada no desempenho coletivo para integrar a seleção brasileira. Agora, estou experimentando uma fase distinta, sem criar muitas expectativas em relação à seleção, o que me deixa mais leve. Porém, o futebol sempre foi o centro da minha vida, tanto para o time de futebol que defendo quanto para a equipe nacional. Sempre vivi para isso. Se estiver em boa forma e o treinador (Arthur Elias) considerar que eu mereço estar na seleção, estarei lá e farei o meu melhor, como sempre fiz", disse Marta.
Com a chegada do técnico Arthur Elias à seleção, Marta enxerga o potencial de renovação e a inclusão de novas gerações. Ela valoriza a presença de jovens jogadoras e está disposta a apoiar essa transição, seja diretamente nos campos ou fora deles. Seu objetivo é atuar como conselheira e mentora, utilizando sua vasta experiência para fortalecer o time.
Essa postura enfatiza a importância de equilibrar a experiência com a juventude nas equipes nacionais. Ao mesmo tempo, Marta deseja manter seu foco primordial no clube que representa, sendo sua performance no Orlando um fator determinante para convocações futuras.
"É algo presente em meu dia a dia (referente à Copa do Mundo feminina no Brasil). Deve ser algo natural, algo que eu mereça. Não é um objetivo como atleta. Não que eu não me sinta capaz de jogar, mas estamos falando de 2027. Pretendo jogar por mais uns dois anos, porém quero fazê-lo de forma leve, sem carregar o peso que acompanhei durante toda a vida, entre clube e seleção. Acredito no trabalho de Arthur Elias, incluindo jogadoras jovens, é preciso testar, é preciso oferecer oportunidades, temos uma safra muito promissora. Estarei sempre disposta a colaborar, seja como atleta, seja como conselheira, estar próxima delas, é minha vida. Independentemente de estar em campo ou não", afirmou Marta.
A jogadora veterana ressaltou a importância de uma mentalidade positiva e treinamento contínuo para manter um alto desempenho. Para Marta, trabalhar com paixão e dedicação foi fundamental ao longo de sua carreira. Uma mentalidade descompromissada e sem grandes expectativas em relação à seleção lhe permite desfrutar mais do futebol e cuidar melhor de si mesma.
As ambições de Marta ultrapassam as quatro linhas. Ela almeja influenciar positivamente a seleção com sua experiência e visão, mesmo não estando mais em campo, reiterando seu desejo de permanecer como uma referência no futebol, para além de seus feitos e conquistas.
O próximo grande evento do futebol feminino será a Copa América, e Marta está decidida a contribuir com sua vasta experiência. Embora os detalhes de sua participação ainda não estejam definidos, seu comprometimento e paixão pelo esporte garantem seu envolvimento.
Concluindo suas reflexões, Marta reiterou a importância de trabalhar com dedicação e amor, princípios que nortearam sua carreira e a levaram ao topo do futebol mundial. O legado de Marta vai além dos troféus conquistados; engloba paixão, fair play e um compromisso inabalável com o esporte que tanto ama.
